Quando é preciso escolher um novo celular ou smartphone, é difícil não
se sentir tentado com as diversas ofertas disponíveis no
mercado.
Com isso, muitas pessoas simplesmente se deixam levar por promessas e
acabam pagando um preço salgado por algo que vai muito além do que elas
precisam. Quem possui um dispositivo de última geração sabe disso muito
bem: antes de o potencial real do aparelho ser aproveitado, as
fabricantes já estão anunciando sucessores ainda mais poderosos e
cercados de promessa.
Tela
Caso sua intenção seja acessar conteúdos interativos, uma tela com
grandes dimensões pode fazer a diferença na hora de escolher um
aparelho. Para navegar pela internet ou interagir com documentos, por
exemplo, um display com menos de 2,7 polegadas vai fazer com que os
conteúdos sejam exibidos de forma congestionada.
Além disso, também é preciso levar em consideração a resolução nativa
com a qual o aparelho trabalha — quanto maior o valor, mais fácil se
torna distinguir elementos na tela. Isso é especialmente importante para
quem lida com conteúdos multimídia, já que não é nada agradável
assistir a um vídeo ou jogar um game no qual os elementos exibidos
aparecem de maneira desfocada.
Também é preciso levar em consideração a tecnologia utilizada por
cada fabricante: enquanto painéis AMOLED têm um bom desempenho em
ambientes claros, eles tendem a apresentar cores mais saturadas do que
os painéis LCD convencionais.
Sistema operacional
Embora atualmente o mercado seja dominado pelo Android e pelo iOS, é
preciso ficar atento a aparelhos que acompanham o Windows Phone e o
sistema operacional BlackBerry. Mais importante do que a plataforma
utilizada, é a versão que ela possui: afinal, muitas funcionalidades
interessantes estão ausentes em produtos antiquados.
A
versão do sistema operacional instalado também serve como um indício se
o aparelho vai ou não receber atualizações futuras. Caso o software
instalado não seja o mais recente, é improvável que você possa usar as
novidades preparadas pelas fabricantes sem ter que adquirir um novo
smartphone para tornar isso possível.
Processador e GPU
Quando se trata de escolher um smartphone ou celular novo, é difícil
não ficar tentando por dispositivos com quatro núcleos de processamento
acompanhados por nomes famosos como Tegra, Snapdragon ou Exynos. A cada
ano, empresas investem em dispositivos cada vez mais poderosos, capazes
de lidar com um número absurdo de operações matemáticas — o que resulta
em um acesso mais rápido a aplicativos.
Porém, dependendo da maneira como você usa um celular, nem sempre é
uma boa ideia investir em um processador extremamente poderoso combinado
a uma placa gráfica potente. Afinal, se você simplesmente usa o
aparelho para consultar seu email e acessar o Twitter, um processador
dual-core é mais do que suficiente para fazer isso sem problemas.
Na hora de escolher uma CPU, também é preciso levar em consideração o
sistema operacional adotado: aparelhos Windows Phone e iOS tendem a
aproveitar melhor o hardware disponível, enquanto nem sempre o Android é
otimizado pelas fabricantes que costumam utilizá-lo. Assim, procure
consultar veículos especializados e conhecidos antes de decidir investir
naquele aparelho com oito núcleos de desempenho — no final das contas, o
poder extra que ele oferece pode não fazer qualquer diferença para
você.
RAM
Para entender a importância da memória RAM, basta pensar em seu
smartphone como uma mesa de trabalho. Quanto maior a quantidade desse
recurso, maior o espaço disponível para que documentos sejam espalhados e
organizados por essa superfície, sem que seja preciso retirar algo de
lá para continuar trabalhando.
Especialmente durante a realização de várias tarefas simultâneas, a
quantidade de memória se mostra importante para tornar a experiência de
uso mais rápida. Não é à toa que a maioria dos aparelhos de alto
desempenho já vem acompanhada por 1 GB de RAM, número que só tende a
aumentar em um futuro próximo.
Quantidade de armazenamento interno
Enquanto a memória RAM pode ser considerada uma mesa de trabalho, a
quantidade de armazenamento interno pode ser comparada aos arquivos
dentro dos quais documentos ficam guardados em um ambiente de trabalho.
Dessa forma, quanto maior o espaço disponível, maior a quantidade de
informações que podem ser guardadas sem que seja preciso se livrar das
demais.
Também é importante ter o espaço suficiente para que as “ferramentas”
usadas por cada aplicativo possam ser organizadas de forma adequada.
Caso isso falte, será preciso “ir até o armário” para ficar trocando os
itens na mesa, o que só vai contribuir para a lentidão do processo de
trabalho.
Uma boa capacidade interna de armazenamento é importante
principalmente para quem usa o celular como um aparelho multimídia. Caso
você goste de carregar para todos os lados uma boa quantidade de
músicas, vídeos e fotos, é uma boa ideia investir em aparelhos com pelo
menos 16 GB, embora já existam modelos que permitem guardar até 64 GB de
arquivos.
Câmera fotográfica
Embora as fabricantes continuem vendendo uma quantidade maior de
megapixels como algo essencial para tirar belas fotografias, não se
deixe enganar: na prática, esse aspecto não possui tanta relevância.
Caso sua intenção seja simplesmente ver fotos no celular ou
compartilhá-las no Facebook ou Instagram, uma câmera com sensor de 12
megapixels é um exagero.
Dito isso, é mais importante prestar atenção às características da
própria lente fotográfica, como sua fabricante a distância focal com a
qual ela é capaz de trabalhar. Caso você leve somente os megapixels em
consideração na hora de adquirir um produto, pode acabar tendo que lidar
com arquivos cujo tamanho exagerado acaba diminuindo a versatilidade do
smartphone adquirido.
Bateria
Entre os aspectos que merecem atenção na hora de escolher um
smartphone, esse pode ser considerado um dos mais importantes (se não o
essencial). A quantidade de bateria de um dispositivo (medida em mAh)
determina o tempo durante o qual ele poderá ser utilizado sem que uma
recarga seja necessária.
Isso se torna especialmente importante na hora de escolher
dispositivos poderosos: um smartphone com quatro núcleos, por exemplo,
tende a consumir recursos mais rapidamente do que um com dois núcleos de
processamento. Na prática, o melhor é seguir o princípio básico de que
quanto mais, melhor.
Conectividade
Quer acessar a internet de qualquer lugar sem ter que esperar horas
até que os conteúdos carreguem? Então é preciso ficar atento às opções
de conectividade oferecidas pelo aparelho que você pretende adquirir. Em
geral, os celulares vêm acompanhados por abreviações como CDMA e GSM,
seguidas por diversos comprimentos de onda que só servem para confundir
os consumidores — na prática, isso indica em quais países seu
dispositivo vai ou não funcionar.
Também é preciso ficar atento a indicações que mostram se o gadget é
capaz de trabalhar com conexões WiFi, GPRS, HSDPA e NFC, entre outras.
Todas essas siglas estão relacionadas ao tipo de conexão que o
eletrônico é capaz de realizar e à velocidade com que isso ocorre, e nem
todas elas se mostram necessárias para todos os consumidores.
Dispositivos com NFC, por exemplo, se mostram de pouco interesse para
quem simplesmente quer conversar ao telefone e não gosta de
compartilhar arquivos diretamente com outros aparelhos. Da mesma forma,
não se mostra interessante investir em dispositivos capazes de usar
redes 4G, ao menos no momento — além de as frequências usadas em
território nacional serem diferentes das do exterior, a cobertura
disponível no Brasil ainda é ínfima (isso sem contar nos valores altos
cobrados pelas operadoras).