quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Shadows of the Damned, mais um trabalho de Suda 51


Um dos produtores mais famosos do mundo dos games, Goichi Suda (Suda 51), está de volta com sua nova obra-prima: Shadows of the Damned, um jogo que mistura amor, aventura, e é claro, muita violência. Confira:

Em busca de sua amada

Até aonde o amor pode levar uma pessoa? No caso de Shadows of the Damned pode levar o personagem, literalmente, ao inferno em busca de sua amada. Diante desse enredo, o jogo mostra todo a genialidade do mestre Suda 51 em desenvolver jogos com temáticas fantasiosas e violentas, aliadas a uma história muito bem contada, nos padrões hollywoodianos.

Em um mundo repleto de sangue e inimigos bizarros, você deve percorrer cenários macabros que divergem entre o lado “normal” e o lado sombrio de um inferno totalmente diferente daquilo que podemos imaginar. Para os jogadores mais sensíveis, o excesso de violência e apelo sexual pode incomodar bastante, já que Shadows of the Damned não faz a menor questão em limitar o linguajar pesado.

Shadows of the Damned (Foto: Divulgação)

Simples e fácil

O modo campanha é o único apresentado no game. Esqueça qualquer outro desafio, como arenas ou missões extras. Modo online então, nem pensar! Além disso, o jogo não tem qualquer integração com a Xbox Live ou PSN, diferente de boa parte dos títulos atuais.

Shadows of the Damned (Foto: Divulgação)

Neste único modo, é possível notar uma excessiva linearidade durante todo o game, ou seja, você não precisa se preocupar em ficar “pacado” em determinado momento sem saber para onde ir ou o que deve fazer. Os únicos momentos em que isso acontece, o próprio game faz questão de sinalizar tudo o que deve ser feito, como nos momentos em que você acaba indo para o lado sombrio e deve realizar uma tarefa para mudar de plano.

Outros momentos em que o jogador pode encontrar uma pequena dificuldade ocorrem nas batalhas contra alguns chefes. Pequena, pois, mesmo na dificuldade mais elevada, eles não dão tanto trabalho quanto deveriam dar. Aliás, esse é um grande problema do jogo, pouca dificuldade, seja contra chefes, inimigos comuns ou até quebra-cabeças.

Uma curiosidade é que, em diversos momentos do jogo, você deverá jogar uma versão do game em 2D. A aventura diverte bastante e deixa uma pergunta no ar: Por que não investir em um game próprio desse modo para alguma plataforma online como Xbox Live ou PSN?

Shadows of the Damned (Foto: Divulgação)

Mira torta e movimentação lenta

Em relação a jogabilidade, o jogo peca no sistema de mira. Apesar de sem bem similar a jogos como Resident Evil 5, a visão em Shadows of the Damned é um pouco torta, dessa forma, é um pouco incomodo mirar com total precisão.

A movimentação do personagem também é um pouco lenta. Se a solução para isso é utilizar a corrida, esqueça, pois esta é bem curta e limitada a pequenos “piques“. Mas esse problema é compensado na hora de esquivar de seus inimigos. Esse movimento funciona perfeitamente e ajuda bastante durante os combates mais intensos.

Outra lentidão do game é em relação ao sistema de evolução do personagem. Durante o jogo, não há pontos suficientes para que boa parte das habilidades sejam evoluídas, portanto o ideal é escolher apenas uma e se especializar nela. O mesmo vale para as armas, escolha a que você tenha se adaptado melhor e utilize-a do inicio ao fim.

Shadows of the Damned (Foto: Divulgação)

Escuridão que impressiona

Outra característica dos jogos de Suda 51 é a mistura de elementos gráficos. Jogos como No More Heroes utilizam bastante a mescla entre desenhos e gráficos poligonais. Shadows of the Damned apresenta um pouco dessas características e mostra personagens bem exóticos e caricaturados. Vale ressaltar que o jogo possui inimigos bem variados, algo que funciona perfeitamente para quebrar um pouco a monotonia do game.

O que desagrada é o fato do game ser bem escuro. Faz parte do enredo todo esse clima em meio ao breu, mas incomoda bastante, forçando o jogador a apelas para aumentar o brilho do jogo ou da sua TV.

Conclusão

Shadows of the Damned é mais uma viagem de Suda 51 nos consoles atuais. Com um enredo que brinca com uma jornada em busca de sua amada, o jogo mescla muita ação e violência com pitadas sexuais. Pena que o sistema de mira ineficaz e os gráficos pouco caprichados não cooperam em tornar o jogo um verdadeiro clássico.

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